O glaucoma é a designação genérica de um grupo de doenças que seguem um padrão característico de neuropatia óptica, atingindo o nervo óptico e levando à perda de células ganglionares da retina. Se não for tratado adequadamente, o glaucoma leva ao dano permanente do nervo óptico, causando perda progressiva do campo visual, que pode evoluir para cegueira.

A pressão intraocular elevada é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de glaucoma, não existindo, contudo, uma relação causal direta entre um determinado valor da pressão intraocular e o aparecimento da doença. Uma pessoa pode desenvolver dano no nervo com pressões relativamente baixas enquanto outra pode ter pressão intraocular elevada durante anos sem apresentar lesões.

O glaucoma se subdivide em dois tipos principais: de ângulo aberto e estreito. Esta classificação é de grande importância para a definição do melhor tratamento, e pode ser obtida pelo exame de gonioscopia.

Ele também pode ser causado por traumas, trombose das veias da retina e por associação a outras doenças.

O controle da pressão ocular é a única forma conhecida de evitar ou reduzir a progressão do glaucoma. Diversos colírios hipotensores estão disponíveis e sua indicação pelo especialista depende das características de cada caso.

O melhor controle da pressão também pode ser obtido com a aplicação de dois tipos diferentes de laser: a iridotomia, nos casos de ângulo estreito, e a trabeculoplastia a laser, em alguns casos de ângulo aberto. Estas intervenções melhoram o escoamento do líquido que circula no interior do globo ocular (humor aquoso), e são procedimentos ambulatoriais.

Para o diagnóstico e correto manejo da doença, utiliza-se um arsenal de exames complementares. Em casos refratários ou em que não se tolera a medicação, indica-se cirurgia por meio de trabeculectomia ou implantes e válvulas.

Importância do acompanhamento e aderência ao tratamento

Por ser uma doença crônica que, por vezes, não apresenta sintomas, o glaucoma exige um comprometimento do paciente em manter o tratamento. O controle requer cuidados diários.

O retorno periódico para consultas e exames complementares, conforme a orientação médica, é fundamental para o melhor controle da doença.

Os familiares bem informados auxiliam na aplicação da medicação, lembrando de horários, doses e das datas de retorno para as consultas de revisão, por exemplo.

Siga as recomendações do seu médico e informe-se sobre os riscos de não dar continuidade ao tratamento do glaucoma.